
Encontr'Arte em Terra de Encantar.
O Festival Encontr'Arte em Terra de Encantar tem como finalidade promover e divulgar as Artes e os Artistas portugueses, assim como a sua descentralização. Começou em 2003 e acontece entre o Dia Mundial do Teatro e o Dia Mundial da Dança, onde o público pode encantar-se com Arte em Cabeção, cuja magia está na capacidade essencial dos artistas se apresentarem perante o público, revelando o seu mistério.
Em cada momento artístico tentamos oferecer ao espetador uma alternativa poética, perante uma sociedade onde o imaginário está em perigo. Todos os anos a nossa vila recebe jovens artistas emergentes, nas áreas do Teatro, da Dança e das Artes Visuais.
A todos os intervenientes, artistas e espetadores, participantes neste conjunto de eventos Artísticos, pretende-se que usufruam de um espaço de comunicação, criação e reflexão. Com este projeto ambicionamos, que seja um motivo de união de públicos e artistas, contribuindo para o desenvolvimento da Cultura na Freguesia de Cabeção.
DA PLATEIA PAR O PALCO
Opsis em Metamorphose
Num duelo carinhoso com o público, a Frente Casa dá voz à ação. Um espetáculo onde o espectador é confrontado com assuas próprias ações e com os pensamentos de quem o conduz e assiste todas as noites.
Um olhar sobre as reações, as vontades e os contratempos de quem assiste aos movimentos do seu público. Uma observação peculiar sobre a plateia e as pessoas que a ocupam, ao invés do que acontece em palco.
Trazer da plateia para o palco todas as situações embaraçosas, os pensamentos de quem acompanha o espectador ao seu lugar, as alucinações de quem chega atrasado para ver um espetáculo e as preocupações constantes com o que pode acontecer com um sem número de pessoas é o que dá forma a esta criação.
SARA SARA
Plutão de Ver
A Sara quer sair da cidade onde mora. As personagens sombrias que povoam a sua memória obrigam-na a usar a arma mais niilista de todas: o sarcasmo.
A Sara odeia a cidade onde mora. Todos os dilemas que tem, dentro e fora de si, provocam um loop temporal: uma partida perpétua, sem que esta alguma vez se concretize.
Se não resolvermos o que passou, permanecemos no passado?
Se a Sara falar de uma ferida, ela sara ?
MEZCLA
COMPANHIA DE TRIANA
“Amanheço, entardeço, anoiteço. Sou campo, poeira e luz em pleno esplender no ceio da minha alma, vou e venho mas o meu ser nunca abandonará o ninho. Marco o meu caminho com lágrimas e sorrisos pensando nas gerações que em mim habitaram, sou a terra, o céu e o negro da minha noite.”
A L B A N O
Rui Paixão | Holy Clowns
A partir de lugares mitológicos e filosóficos, e da exploração da personagem de Albano Beirão, Rui Paixão questiona o seu lugar enquanto palhaço, mas também o do público enquanto público e, eventualmente, enquanto palhaço também. Noção (e medo) do ridículo todos temos, mas talvez seja possível arranjar motivos para rir no desconforto. Despindo, não vestindo, a máscara.
Nesta criação, estreada em 2021, Rui Paixão confronta o espectador com imagens estereotipadas e que fazem parte do nosso imaginário quando falamos de palhaços, trocando-lhes a volta ao adulterar e confrontá-las com textos e intenções que ampliam o significado da palavra “palhaço”.
